Cada qual em seu lugar | Anderson C. Sandes
Por mais que eu cante
Não me vêm as borboletas
Inda que’u grite
Não me responde a lua
Deve estar cheia... cheia de mim
Pr’onde vão as borboletas
Quando fogem de mim?
Seja lá onde for
Rejeitam meu canto
E cá estou em meu canto
Ao longe se grita, ao perto se canta
Oh borboletas e lua
Ambas tão cheias de fazes
Cheias de mínguas... crescentes
Em busca de nova vida
Talvez para à lua vão as borboletas
E ficam em silêncio
Sem grito e sem canto
E cá fico, em meu canto.
Anderson C. Sandes
Créditos da imagem: MaDonna