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10 de março de 2016

Soneto de tímido | Anderson C. Sandes




Oh ser estranho, permaneça fechado
P’ra que não fujam teus monstros
E que não haja muitos encontros
Entre tu, libertador, e o libertado

Tranca os demônios dentro de ti
Faze do peito os seus abrigos
E que os pensamentos sejam amigos
E que não chame atenção para si

Dai privação a este tímido
Talvez assim ele o queira
Dai-lhe o direito de ser mais alegre

Sinta-se talvez um ser remido
Deixa-lhe abrir-se à sua maneira
Quiçá já lhe baste a vida que segue


Anderson C. Sandes

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