Soneto de tímido | Anderson C. Sandes
Oh ser estranho, permaneça fechado
P’ra que não fujam teus monstros
E que não haja muitos encontros
Entre tu, libertador, e o libertado
Tranca os demônios dentro de ti
Faze do peito os seus abrigos
E que os pensamentos sejam amigos
E que não chame atenção para si
Dai privação a este tímido
Talvez assim ele o queira
Dai-lhe o direito de ser mais alegre
Sinta-se talvez um ser remido
Deixa-lhe abrir-se à sua maneira
Quiçá já lhe baste a vida que segue
Anderson C. Sandes